Os desafios

Os desafios intelectuais existem, mas o físico jamais foi vencido.
A apatia, o tédio e a falta de gana deveriam desaparecer.
É domingo. Após um Hambúrguer com bacon, uma lata de coca-cola e um sorvete sabor diabete, avistei o meu novo desafio.
Vários obstáculos, um caminhar que oferece resistência. Esferas de tamanho homogêneo, apoios para escalada.
Meu amigo, ávido pela emoção, me convidou. Relutei. Achei que era cedo demais.
Lembrei, então, da essência do meu ser. Desafiar-se, jogar-se ao novo.
Fui me cadastrar. Demos os nossos nomes. A moça, preocupada, me questionou:
– O senhor tem certeza?
Meu companheiro acenou com a cabeça.
– Assine esse termo de acordo.
Assinei. Um frio, um medo me acometeu. Prossegui ouvindo, ao fundo, o aviso:
– Senhor, essa atividade é indicada para…
Interrompi. Com certa autoridade, disse para não se preocupar, pois eu estava ciente das condições.
Pessoas me observavam. Com a cabeça, demonstravam reprovação.
Olhei pra fora da arena e vi meus familiares. Torciam por mim. “Vai fundo”, disseram.
O apoio da família é fundamental. Eu fui. Foi ótimo.
Venci. Cansado, em piores condições, olhei pro rosto de felicidade do meu amigo alguns anos mais novo do que eu.
Ao sair, um estalo. Meu joelho? Será que eu…?
Não. Estorei uma bolinha… uma bolinha entre milhares.
Venci, finalmente, o desafio de mergulhar em uma piscina de bolinhas.
Obrigado ao meu sobrinho e amigo. Agora, o céu é o limite. Quem sabe crossfit?

piscinaBolinhas

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