Noite, clima bom. Entrega de provas.
Dou ânimo aos tristes e congratulo os vitoriosos.
Começo o processo de correção da prova. Uma dúvida aqui, outra acolá.
Olho para o corredor. Vejo o diretor da unidade. Vejo, também, outras duas pessoas que o acompanhavam como uma espécie de guardas.
Pensei:
– Caramba, será que vai sobrar pra alguém?
Ele continuava seu percurso. O diretor caminhava em direção a minha sala, que por sinal fica ao final do corredor, olhando pelas janelas o professor que estava na aula.
– Divaguei por alguns segundos… Quem seria o professor que ele estaria procurando?
Um calafrio me acometeu. Fiquei estremecido. Seria eu? O que teria feito de errado? Eu tento fazer tudo tão certinho!
Ele entrou na minha sala. Pediu uma confirmação quanto a minha identidade.
Era eu…
Fiquei nervoso. Não sabia se ia lá pra fora ou permanecia com cara de paisagem. Tentava calcular se a vergonha seria menor ou maior fora da sala.
Ele proclamou:
– Estou aqui pra te falar algo na frente de todos…
Procurei justificativas. Pensei no que poderia ter feito…
– Por que eu?
Ele sorriu. A turma olhava com atenção.
Finalmente, o alívio:
– Parabéns pelo seu desempenho. Você foi um dos professores que melhor foram avaliados pelos alunos.
A congratulações prosseguiram e a recompensa explicada. Fotos, apertos de mãos e mais felicitações!
Claro, fiquei super feliz. Um pouco desajeitado e assustado, é claro.
Eu já havia ganhado este mimo, mas dessa vez o roteiro foi de forte emoções.
UNESA é pra quem tem amor e coração forte!